quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Repórter TVI: Asas de Ferro



Na passada Segunda-Feira, dia 22 de Fevereiro, após o Jornal Nacional no Repórter TVI, foi emitida uma reportagem intitulada "Asas de Ferro".



Esta reportagem está fantástica e sensibiliza-nos para ter atitude. Mostra a garra de quem trava esta luta. Mostra o conformismo de quem não pode fazer grande coisa.




São quase sempre associados a doentes mentais, intelectualmente incapazes de fazerem uma vida normal.
Quantas vezes já não nos cruzamos com alguém numa cadeira de rodas e pensámos imediatamente num deficiente mental? A verdade é que a paralisia cerebral pode significar apenas um problema motor, cujos sintomas podem variar desde uma leve contracção até uma deformidade severa.
Há casos de doentes com paralisia cerebral que conseguiram tirar cursos superiores, com médias verdadeiramente surpreendentes, mas que depois esbarram com todos os problemas ligados à deficiência em Portugal: falamos da falta oportunidade de emprego, os apoios sempre insuficientes por parte do estado, a discriminação e ainda e sempre o olhar indiferente dos outros.
O Governo fala num investimento nunca visto no nosso país: cerca de 80 milhões de euros para serem aplicados numa área, que é pouco dizer, tem sido negligenciada ao longo dos anos.
O caminho a percorrer ainda é longo, muito longo... Esta reportagem foi encontrar velhos abandonados, à espera de um fim de vida com dignidade, adultos que cresceram atrofiados em cadeiras feitas à medida de uma criança. Quem tem dinheiro, consegue ainda pensar num futuro, quem não tem, resta a essas famílias imaginar o que poderia ter sido feito.
«Asas de Ferro» é uma reportagem Ana Leal, com imagem de Júlio Barulho e montagem de Miguel Freitas, que fala da angústia de todas essas famílias, mas também da força e da coragem de quem, apesar de tudo, não quer desistir.

A reportagem foi vista por dois membros do nosso grupo de trabalho. Achamos que está muito bem elaborada e retratou muito bem a situação dos entraves às pessoas portadoras de deficiência. E como falaram na paralisia cerebral, também se pode falar nos outros tipo de deficiência uma vez que estas pessoas são postas de lado na sociedade.

É triste ver aquela criança a piorar porque o centro de fisioterapia fechou! E o que fizeram? NADA! Não podiam reencaminhá-la para um centro de fisioterapia próximo?

O Governo promete e, por muita boa vontade que tenha, não faz nada. Admiramos a esperança daqueles que ainda esperam por cadeira eléctricas e lamentamos os adultos que, por falta de possibilidades, se sujeitaram a andar numa cadeira de rodas de criança!

É de louvar a força de vontade, a luta que estas famílias levam para conseguir chegar à miníma coisa. E como diz a introdução da reportagem: "Quem tem dinheiro, consegue ainda pensar num futuro, quem não tem, resta a essas famílias imaginar o que poderia ter sido feito."

Sem comentários:

Enviar um comentário